A nossa equipa concluiu no passado fim de semana a sua participação no Campeonato Distrital na Época 2012/2013 alcançando o quarto lugar na Fase Final que se disputou em Ílhavo. O resultado acabou por saber a pouco uma vez que entre os objectivos traçados para esta temporada estavam a participação nas provas nacionais e a possibilidade de chegar ao título distrital. Tal como já tínhamos referido na antevisão da Fase Final Distrital, a prova ficou marcada pelo grande equilíbrio que prevaleceu ao longo do fim de semana com todos os jogos a registar altos níveis de intensidade e muita paridade sendo que praticamente todas as partidas só ficaram decididas nos instantes finais.
Normalmente numa competição curta como esta, aquelas equipas que se mostram mais consistentes e regulares no seu jogo tem mais probabilidades de sucesso. Os erros e os lapsos de concentração pagam-se caro porque não há muita margem para a recuperação. Esta Fase Final, nesse sentido, não nos correu como desejávamos. Não conseguimos estabilidade no nosso jogo, mostramos sempre muitas oscilações tanto a nível defensivo como ofensivo, não conseguimos estar concentrados colectivamente os quarenta minutos, falhamos muitas vezes na execução das pequenas coisas e sofremos em todas as partidas de uma quebra nos niveis de intensidade defensiva no último quarto, o que todo somado resultou letal para as nossas aspirações.
A primeira partida deste tipo de prova é sempre fundamental ainda que as vezes possa não se revelar decisiva. Na primeira jornada da competição defrontávamos o Galitos, uma equipa com quem na fase regular tínhamos dividido resultados nas duas partidas efectuadas. Entramos bem e controlamos o marcador durante a primeira parte. Numa partida (59-64) em que ambas equipas se equiparam nas percentagens de lançamento de campo, o aproveitamento dos lances livres, o peso dos turnovers (24 para a nossa equipa) e os segundos lançamentos resultaram fundamentais para o desfecho de um jogo que só se decidiu nos últimos segundos. Falhamos em demasia desde a linha de lance livre (10/17 contra 13/15 dos aveirenses) e fomos muito macios na luta pelos ressaltos (perdendo até 10 ressaltos defensivos) o que possibilitou a uma adversário mais agressivo nas tabelas ganhar segundos lançamentos e somar pontos importantes para o desfecho final. Foi um jogo em que paradoxalmente estivemos muito bem no lançamento exterior (44% 7/16) mas em que não conseguimos no jogo interior manter os níveis que vínhamos apresentando durante a época e em que também quebramos a nível defensivo no derradeiro quarto parecendo acusar um pouco o desgaste físico ao somar o nosso quarto jogo no espaço de 8 dias.
Alinharam nessa partida:
Ovarense: Ricardo Martins (17), Gabriel Diaz (8), Paulo Diaz (-), Nuno Monteiro (2), Nuno Leite (18), Sebastião Casaca (0), Ricardo Ribeiro (0), Domingos Loureiro (5), Rodrigo Soeiro (0), Rodolfo Castro (0), José Soares (-) e André Vaz (9).
Galitos: D.Peralta (-), T.Almeida (0), H.Verde (8), B.Fartura (15), H.Rangel (-), J.Padilha (9), E.Silva (17), L.Pina (2), B.Fernandes (7), F.Cacho (2), D.Sousa (4) e P.Mealha (-).
O jogo da segunda jornada era muito importante porque era decisivo para saber o nosso futuro na prova. Se ganhássemos podíamos ainda sonhar com lutar pelo título. Se perdêssemos ficávamos logo fora de toda possibilidade de lutar por esses objectivos. Talvez por isso acusamos alguma ansiedade na entrada do jogo (0-7 nos primeiros 2m10s) e tivemos que ir sempre atrás do resultado. Foi um jogo em que estivemos bem a nível ofensivo com boas percentagens nos lançamentos de campo (49% 21/43) mas muito oscilantes a nível defensivo e principalmente voltamos a falhar nos lances livres (8/20 40%) quesito no qual o nosso adversário tirou grande aproveitamento (75%, concretizando 21 pontos) e nas tabelas onde fomos claramente dominados pela Sanjoanense (35-19). Também voltamos a falhar nas transições revelando alguma precipitação (22 turnovers) e não conseguimos em momentos chaves da partida quando nos aproximávamos no marcador concretizar cestos que poderiam ter mudado o rumo dos acontecimentos acabando por somar nova derrota, esta vez por 54-60. Por último e por segundo dia consecutivo sofremos também nova quebra defensiva nos derradeiros dez minutos (17 pontos sofridos).
Alinharam nessa partida:
Ovarense: Iuri Martins (-), Gabriel Diaz (11), Paulo Diaz (6), Nuno Monteiro (6), Nuno Leite (2), Sebastião Casaca (0), Ricardo Ribeiro (4), Domingos Loureiro (14), Rodrigo Soeiro (4), Rodolfo Castro (0), José Soares (0) e André Vaz (7).
Sanjoanense: M.Lemos (-), R.Assunção (2), M.Rocha (6), R.Andrade (0), L.Carmo (19), B.Andrade (-), J.Maia (4), E.Samuco (8), E.Araújo (12), P.Gonçalves (0), P. Bastos (-) e A.Silva (9).
No derradeiro jogo defrontamos o Illiabum (49-54) equipa organizadora da competição que também tinha somado duas derrotas nos dois primeiros dias. Novamente o desafio ficou marcado pelo grande equilíbrio nos primeiros trinta minutos mesmo com a nossa equipa a registar a sua exibição ofensiva menos conseguida da prova. Para não variar a tendência do que foi a nossa participação nesta fase final voltamos a perder intensidade e coesão defensiva nos últimos dez minutos permitindo que o nosso adversário conseguisse uma vantagem de seis pontos no equador do período que não conseguimos contrariar pese aos nossos esforços na parte final do jogo. Mérito também para a boa eficácia no lançamento exterior dos ilhavenses (7/19) que lhes permitiu compensar algumas lacunas no jogo interior claramente dominado pelos vareiros. Pela primeira vez na prova conseguimos ganhar a luta nas tabelas e reduzir o número de turnovers (15) mas voltamos a estar muito mal nos lances livres (47% 7/15) e não tivemos jogo exterior com o lançamento de fora a não funcionar (0/5 em L3pts e tão só 3/22 em lançamento de media e longa distancia) o que novamente não nos permitiu lutar por um melhor resultado.
Alinharam nessa partida:
Ovarense: Ricardo Martins (0), Gabriel Diaz (2), Paulo Diaz (0), Nuno Monteiro (2), Nuno Leite (4), Sebastião Casaca (2), Ricardo Ribeiro (9), Domingos Loureiro (4), Rodrigo Soeiro (7), Rodolfo Castro (9), José Soares (2) e André Vaz (8).
Illiabum: B.Almeida (20), D.Alves (-), D.Saraiva (-), F.Oliveira (0), P.Rodrigues (0), P.Novo (6), D.Carvalho (-), R.Espindola (0), M.Traylor (7), P.Aguiar (9), J.Reverendo (10) e M. Lemos (-).
Em jeito de balanço, podemos concluir que a nossa prestação na prova não foi bem sucedida. Tínhamos naturalmente algumas expectativas que não se concretizaram. Não conseguimos alcançar os objectivos que nos propusemos mas tivemos uma boa participação ao longo de toda a competição, garantindo o apuramento para a Fase Final, tendo sido a segunda melhor equipa na Fase Regular. Fica da nossa participação a acumulação de experiência que nos irá permitir continuar a evoluir agora no Torneio Inter-Associações. Devemos continuar a trabalhar seriamente de forma a continuar a melhorar individual e colectivamente de cara a esses novos desafios que estão ao virar da esquina.
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