Estalou nova crise no já complicado mundo do basquetebol nacional. Numa medida inédita, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Basquetebol decidiu cancelar as ações de formação dos árbitros nacionais de 1ª categoria, comissários técnicos nacional e oficiais de mesa, que estavam agendadas para os fins de semana 07, 08, 09, 15 e 16 Setembro, mantendo-se a formação dos árbitros nacionais de 2ª categoria, agendada para os dias 21, 22 e 23 Setembro.
Em comunicado publicado no sitio da FPB, o Conselho de Arbitragem justificou esta medida com o facto de não existirem garantias que até ao início da 1ª competição oficial sejam regularizados os valores devidos aos juízes, relativos à época 2011/2012, garantindo ainda que não pode "permitir a presença de juízes em ações de formação continua obrigatória, tão pouco pode efectuar nomeações de quadros que não tenham efectuado a sua revalidação, o que pressupõe atestado médico e seguro regularizados. Não pode igualmente exigir para o arranque das competições, que o façam perante aquilo que tem sucedido, apesar de naturalmente incentivar a todos os juízes para que revalidem com a máxima brevidade possível, o que tem feito." Registe-se que os juízes têm em atraso verbas de deslocação e prémios de arbitragem desde o mês de Março. Esta posição pode travar o inicio das competições organizadas pela FPB e constitui nova machadada na credibilidade da modalidade.
Por outro lado, a ANJB já reagiu à esta posição do Conselho de Arbitragem da FPB mostrando total solidariedade e apoio à posição dos árbitros. Em comunicado disponibilizado no seu sitio, a direcção da classe de arbitragem, reconhece que apesar de algumas divergências no passado "não podemos deixar de convergir agora com a tomada de posição do C.A.", considerando que não estão reunidas as condições para que as mesmas decorram num ambiente saudável. Lamentando que uma vez mais são os juízes os principais prejudicados, que assim perdem um importante momento formativo, a ANJB lembra que os juízes são uma vez mais "confrontados com atrasos dos pagamentos, relativos à época transacta, tornando-se insustentável continuar nos moldes actuais. Todos temos cumprido por forma a que a modalidade não seja penalizada, mas actualmente já não é possível aos Juízes continuarem a "subsidiar" o basquetebol com os seus orçamentos familiares".
A ANJB termina o comunicado assegurando que tudo fará "para que os juízes sejam ressarcidos das verbas já dispendidas" exigindo "respeito por parte de todas as entidades envolventes e com responsabilidade no basquetebol".
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